Nos últimos dias de 1980, Paul McCartney telefonou para John Lennon sem motivo especial, apenas para ouvi-lo. Acabaram conversando por quase uma hora, entre lembranças, brincadeiras e uma proximidade que parecia renascer. John lhe disse: “Continuamos sendo família”, com uma ternura que surpreendeu Paul. Antes de desligar, John acrescentou: “Pensa em mim de vez em quando, velho amigo”. Três dias depois, Paul acordou com a notícia do assassinato. Paul ficou imóvel junto à janela da cozinha, revendo cada palavra. Conduziu até Abbey Road, tocou o piano de “Hey Jude” e chorou. Desejou ter dito “eu te amo” com mais clareza. Mas acredita que John sabia.
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